segunda-feira, junho 23, 2008

Descobri há umas semanas o que é cidade. Verdade.

Ok.

Há poucas semanas voltamos novamente do primeiro mundo, como já havíamos feito em março. Dessa vez, pode-se dizer que a volta foi do primeiríssimo mundo ou, como se costuma dizer, do velho mundo.

Como todos sabem - aqueles que foram e mesmo os que ainda não estiveram por aquelas paragens - toma-se um banho de civilidade e de história (e vou além: de belezas. Paris é uma cidade linda e a Toscana com seus campos de uva e cidades milenares não fica para trás. Tudo passa. A gente passa rápido. Aquilo fica. Noutros termos, nós estamos e lá é).

Já é.

Mas nossa casa é aqui, o Brasil, o Rio de Janeiro, espaço geográfico talvez de beleza natural inigualável e que comandou culturamente esse país por décadas mas que consegue ver seu perfil moral despencar continuamente, como se num precipício de fantasia estivesse, caindo, caindo, caindo... Um moto-contínuo de degradação ética, um bom exemplo de entropia. Um buraco negro, numa comparação simplificada.

Sim, há cariocas ótimos, 'do bem', como se diz. Há poucos dias conhecemos dois. E existem muitos outros. Mas um grupo (ou grupos?) que detém alguma autoridade insiste em estragar tudo: a paisagem e o astral. Uma turma da pesada, assentada em cinco séculos de falta de seriedade e na Lei da Vantagem.

Certo?

Lembrei de uma música do Natiruts, banda de reggae de Brasília. Diz lá: "...É difícil meu irmão, mas se você não tentar, não pense que eles tentarão porque (...) Quem te governa não merece ter nascido aqui no Brasil, no Brasil..." ("Cantar", Natiruts; no limewire ou emule mais próximos).
Não merecem ter nascido aqui no Rio de Janeiro.

E voltando ao início, que muitos não me escutem mas a-do-ro os Estados Unidos da América.