Lembrei, na hora que vi, do velho e conhecido ditado "quem foi rei nunca perde a majestade". Nessa sexta-feira foi transportada pelas ruas do Cairo uma gigantesca estátua (83 toneladas de mármore purinho...) de um dos maiores faráos do Egito, Ramsés II. A estátua, que ficava em uma praça central da cidade, foi deslocada em um monumental cortejo, por 35 km, para uma área próximas às famosas pirâmides, fora da capital. O motivo: a poluição que, constataram, estava degradando o tesouro. Imagino que Ramsés nem iria se surpreender se soubesse que sua estátua estava tão cercada de cuidados 3.300 anos após a sua morte. Afinal, ele era o faraó. Incrível...
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Li no Globo de hoje uma frase que espelha a pura verdade dessa nossa terinha: "é mais fácil cassar um planeta no Universo [plutão] do que mensaleiros e sanguessugas em Brasília". É uma falta de vergonha ALIADA (e isso é importante!) à falta de brio de todos nós, brasileiros. Há movimentos correndo aqui pela internet e pelos blogs em especial, de revolta. Vamos ver no que isso vai dar. Posso estar bem errado, mas me parece que sem uma profunda ruptura "com o que está aí", nada muda. "Profunda ruptura" é coisa grave e poderia até fazer piorar. Por isso não sei se é o melhor caminho. Mas parece que atualmente qualquer opção é inócua.
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Falando ainda sobre Brasil, mas com um enfoque menos "universal" (apenas internacional), e já que falei de cortejo e sobre as vicissitudes do nosso país, lembrei de duas histórias (uma lida, outra ouvida nessa semana) e que se reuniram em mim, demonstrando bem essa coisa de "terceiro mundo" x "primeiro mundo": nosso Presidente da República esteve dia desses no Rio; compareceu a um evento no Riocentro e, mais tarde, voltou até o bairro de São Conrado, onde teve um encontro com "personalidades" da política e cultura, na casa do ministro Gilberto Gil. Minha amiga Carla me contou que a comitiva presidencial, atravessando a Barra da Tijuca pela avenida das Américas ia fechando tudo, transformando o trânsito já lento (por conta de uma infinidade de sinais) em um enorme estacionamento fora de hora e de local. No dia seguinte leio no blog do jornalista José Meirelles Passos (http://oglobo.globo.com/blogs/passos/) uma história sobre como a polícia da Virginia (EUA) impediu que a comitiva de mr. Bush fechasse uma concorrida highway para que a limosine presidencial pudesse ir e voltar rapidamente de um compromisso naquele estado americano. A Casa Branca pediu, o serviço secreto, CIA e o escambau mas "nananinanão", disse a polícia local. O supremo mandatário norte-americano foi convencido de que, afinal, não seria uma boa idéia tal interrupção quando lembraram que isso poderia ter reflexos ruins nos noticiários de TV. Finalmente Bush fez o óbvio: pegou um daqueles helicópteros "estribados" (gíria mineira) nos gramados da White House e foi cuidar da sua vida lá na Virginia.
Sim, os EUA têm 1000 defeitos que podemos elencar aqui, rapidamente. Mas esse é o tipo de coisa que deixa o contribuinte e cidadão em paz e satisfeito. Enquanto isso, por aqui, vale mesmo o "sabe com quem está falando?". Ah, tristeza...
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Engarrafamento de helicópteros, já que falei neles. São 12:05 PM, tarde maravilhosa de sábado; o tráfego nos helipontos da Lagoa está frenético. Os helicópteros passam pertinho daqui de casa e lá do outro lado da Lagoa observo a Rocinha, pedra da gávea, morro dois irmãos. "It's a wonderful [and complex] world"...
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E também aproveitando que já falei em São Conrado e Rocinha, ontem à noite fui a uma pizzaria no hotel Intercontinental, aquele - para quem é do Rio e tem trinta e tantos/quarenta anos - da boate Papillon. Servem pizzas em sistema rodízio e tem um preço muito bom. O restaurante, dentro do hotel, chama-se "Varanda". Boa pedida para fazer bonito com o(a) namorado(a), mulher(marido), amigo(a) e outras classes de relacionamento que não ouso citar visto ser esse um blog sério e de família.
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Vou daqui a pouco lá na Velox... vou me matricular... engraçado como fico um tanto apreensivo com isso; como se fosse uma nova fase da vida. Qualquer dia desses conto sobre as primeiras impressões (e dores).
23 comentários:
Rapá, mas tu tá frenético na escrita!
é, Brasil é isso aí, a coisa não anda, e quando anda, vai pro lado errado.
Tô pensando em me mudar pro Líbano...
Sorte e saúde pra todos!
Com certeza Fred a ´unica solução séria e cabível para esse país é do jeito que você citou, havendo uma profunda ruptura com a estrutura até o momento vigente, estrutura essa que já vem desde roubaram o Brasil dos seus habitantes...desde sempre. Não há outra solução...E como fazer?
First of all: o que é Velox?//Sobre comitivas e engarrafamentos: um dos maiores constrangimentos que já passei na vida foi qdo participei de um evento do Ministério de Minas e Energia, acompanhando um deputado e eles atravessaram Recife inteira com batedores, na hora do rush! Meudeusdocéu, que povo é esse!!!/// Fred, "romper com isto que está aí" significa nada para nós. NÃO TEMOS ESCAPATÓRIA. ESTAMOS CERCADOS.
Oiê!
Finalmente o meu querido provedor decidiu que eu poderia voltar a ler seu blog e cá estou novamente.
Peço permissão para colocá-lo como link no meu e desejo ainda uma semana muito alegre e feliz, no melhor estilo smurfs!
beijos! :)
Patrícia, VELOX é uma academia de ginástica. ;-)
ahhhhhhh. MUITO BEM. Boa sorte.
Eu nunca tinha pago a segunda mensalidade de uma academia, mas encontrei a CURVES, meu templo, e estou indo para o sexto mês.
A pizzaria é naquele hotel perto do Zeppelin?
E velox é um provedor de internet ou uma academia????
Pelo visto é academia, né? Que Deus te dê forças!
Patrícia, no final dos anos 90, até a virada do milênio, eu era um malhador compulsivo. Corria todo dia, pedalava, fazia várias aulas por dia, jogava tênis 3 a 4x por semana, uma doença enfim (aquele lance de ficar viciado em serotonina...). Casei... phodeu. ;-) Tentei voltar pra uma academiazinha perto de onde morava, desanimei. Agora moro ao lado da VELOX, "top three" do Rio, e vamos ver no que vai dar essa aventura.
Marisa, Velox é uma academia, daquelas que têm de tudo (incluida aí a fama e o preço estratosférico). É ali na fonte da saudade, atrás da Santa Margarida Maria. Lembra dela?
Fred, o que é velox? Matricular em quê?
Vc. por acaso é mineiro?
adoreis saber todas as noticias quentes, e você me deixou com agua na boca e bonita a pizzaria?
beijos
ok, Fred já vi o que é velox, tá ai escrito. Desculpe.
Fred, dou a maior força, entrei para a academia duas semanas atrás, comecei bem devagar, já estou fazendo 1 hora de esteira por dia além de outros exercícios, é muito bom, dá uma sensação maravilhosa de bem estar, vida bem vivida..além é claro, de perder os quilinhos que a gente quer...por falar nisso, já consegui perder aqueles 5 que falei lá no blog do Arnaldo...mereço parabéns né....
MARISA, esqueci de dizer: o intercontinental é aquele hotel na praia de São Conrado, logo após do hotel Nacional (aquele redondo, fechado há anos). Você não foi à Papillon?? eu fui várias vezes... vc não foi? (realmente não lembro). Mas enfim, a pizza é ótima e o ambiente, aquele tipo que gostamos. ;-)
INGRID não sou mineiro mas AMO Minas Gerais e o povo de lá. Minha mulher é mineira e adoro ir pra lá. Acabo pegando gírias. :-)
Têeeeeeeeeee! :-) bom, vc perguntou "como fazer". Há momentos que dá desânimo e penso "nada MESMO a fazer; cada um por si e rezando pra não estar na linha da bala perdida ou do homicida-maluco-com-uma-faca como o que matou o gago em copacabana. Noutras outras, de EXTREMO otimismo penso que devemos votar em gente consciente, de forma idem. E cada um fazer seu trabalho direito pq assim a coisa vai para a frente. Mas aí lembro que muita gente que manda não quer fazer direito seu trabalho e aquele pessimismo/egoísmo (realismo?) começa a tomar corpo.
Oi Frederico,
A blogagem coletiva promovida pela Laura rendeu tanta coisa boa. Uma delas foi a chance de descobrir pessoas e textos interessantíssimos. Hoje, cheguei ate você. Vou voltar e voltar... adorei. Só uma coisinha: quem te falou que "estribado" é giria de mineiro? E que sou montanhosa não sabia disso... beijos!
Cláudia, seja bem-vinda. Quanto ao estribado: bom, só ouço tal termo, como gíria, em MG. Daí, acho que é de lá... além do que, "estribado" (vindo de "estribo") lembra o campo, a vida rural. Daí Minas com seus belos horizontes deve ser o berço de tal significado...
Faz sentido... te linkei no meu blog... bjs campestres..
Essa história do Bush foi ótima, mas só funciona assim nos EUA. Aqui na França, a embaixadora americana anda blindada por chumbo e carne humana (os seus seguranças). Acho que ela nem faz xixi sozinha.
Nossa, quanta informação. Velox é? Tá animado? Eu larguei dessa vida, mas ando tentando me empolgar pra voltar. Quanto a profunda ruptura com o que está no país atualmente, eu a acho necessária - infelizmente não creio que vá ocorrer. Enfim. Abraço.
Obrigada pela resposta Fred...rs..
Mercedes: jornalista? não, não sou não. Só vou observando e escrevendo sobre o tal imbróglio que batizou o blog.
Frederico,
Adoro todos os seus textos. São realmente ótimos. E todos os comentários são bem bacanas também. Com certeza, esse blog já faz parte do meu dia a dia. E, Fred, mal posso esperar para ler as futuras histórias sobre a velox (impressões e dores - Bom título! ). Bjs para você e Clítia.
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