É claro que existem termos em qualquer língua que expressam essa lembrança nostálgica. Quando se fala que não se pode traduzi-la estamos observando o contexto cultural do termo, o papel em uma determinada cultura, muito mais que seu “habitat” gramático.
A agência Today Translations, www.todaytranslations.com, elaborou uma lista de "palavras difíceis de traduzir para o inglês". Entre elas está a nossa “saudade”. Temos, além dela (e aqui já transliteradas para o português): “radioukacz”, telegrafista dos movimentos de resistência no lado soviético da Cortina de Ferro (polonês); “ilunga”, pessoa que perdoa a primeira e a segunda ofensa mas não uma terceira (tshiluba, língua da família Bantu); “altahmam”, uma forma específica de tristeza profunda (árabe); “selathirupavar”, certo tipo de falta injustificada (tâmil; língua falada no sul da Ásia), entre outras.
Podemos saber o que significa o termo tâmil “selathirupavar” mas não conseguimos apreender o significado social, emocional, para seus falantes. Provavelmente “saudade” evoca em nós, emotivos latinos de língua lusa, reações diversas das que seriam registradas em indianos, malaios, vietnamitas, etc.
2 comentários:
Lindo.
Rapá... imblóglio também é cultura.
Olha, se neguinho dissesse pra mim "selathirupavar" eu respondia de pronto:
- É tu, tua mãe e toda a tua família heheh
Saudações coloradas, meu bruxo!
(se notar qualquer semelhança com o título do último post com algo q tu já escreveu... é pura cópia mesmo!)
Sorte e saúde pra todos!
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