segunda-feira, outubro 23, 2006

"Procura outro. Esse aqui eu vi primeiro"

Minha gente, não posso deixar de citar mais essa notícia. Dessa vez não é em algum jornal ou site obscuro. Está n' O Globo de hoje, segunda-feira.

"Bando leva carro na Tijuca que já estava em poder de assaltantes" - "Nem os bandidos estão livres de assaltos no Rio. Em um caso considerado inusitado até pela polícia, assaltantes levaram na noite de sábado um carro que já estava em poder de criminosos. No veículo, as quatro vítimas (rendidas minutos antes - um casal de irmãos com seus filhos) acompanharam a concorrência dos bandidos. (...) Rendidos por dois homens armados com revólveres, foram levados pela dupla. Quinhentos metros depois o Astra foi fechado por um Peugeot 206, do qual desceram três homens armados com pistolas. Ao ser abordado, o bandido ao volante disse que o carro já estava sendo roubado (!!!!), mas foi tirado à força do veículo pelo rival. O cúmplice do primeiro ladrão desceu correndo, levando bolsas e celulares, mas deixando sua arma para trás. Após as vítimas descerem do carro, o segundo bando fugiu com o carro" (que foi encontrado abandonado, na manhã de domingo, ainda na Tijuca).

A frase (algo assim) "Ae cumpadi, sai fora porque eu já sou o assaltante desse carro aqui", é antológica. E não posso deixar de expressar: "a que ponto chegamos...".

12 comentários:

Anônimo disse...

vc tirou as palavras das pontas dos meus dedos...

Anônimo disse...

Não tem mais nada pra ser inventado no Brasil, quando o caso é de passar a perna.


beijos

Giulia disse...

Que falta de corporativismo!rsrs Aliás, aí no Rio as gangues lutam umas contra as outras, não é mesmo? Aqui em Sampa é o PCC contra o Estado. Estamos fritos ou não?...

Patrícia Cunegundes disse...

pode rir???

Frederico disse...

Patrícia, não tem como não. :-)

Frederico disse...

Giulia, é... Aqui tem o Comando Vermelho e o Terceiro Comando que duelam (muito chique dizer "duelam" pra essa turma né?), que se matam mutuamente. Mas, é aquilo: para obter seus intentos (geralmente carros para transporte de armas, drogas ou desafetos mortos - os conhecidos "presuntos") fazem qualquer coisa e a população fica na linha de mira.

Frederico disse...

Falando nisso (criminalidade), um fato que poderia ser post, mas não vou fazer post de um tema assim: Na semana passada vendi um carro (aquele que parou na estrada em junho - na história "One day at the races e outro em Barbacena") que eu tinha para um rapaz, um camaradinha do sul, SC, bem novo e todo feliz com a nova aquisição. Disse que iria botar gás no carro e, como estava de férias aqui, dali a uns dias rumava para o RS, onde mora atualmente. Aí o sujeito me liga hoje, 2a feira, dizendo que precisa tirar segunda via do documento de transferência porque quando estava saindo da oficina da instalação do gás foi assaltado e levaram o carro! dentro do azar, sorte: está fisicamente íntegro (e correu MUITO PERIGO, já que é militar!!) e achou o carro no dia seguinte (sem sangue nem nada, vejam só)! Mas levaram os documentos e, no meio, o tal doc. de transferência. Caraca, que azar... Coitado. (bem, teve sorte; mas o susto, nobody deserves).

Mosana disse...

Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.. vai ver eles acreditam nessa maldita frase.
Af.
Beijos

Denise S. disse...

Frederico, a gente só acredita porque mora aqui. Parece coisa de filmne ou de história em quadrinho ou piada.

Ane Brasil disse...

caraio mermão!!!!! cara, tô besta!!! deixa eu juntar meu queixo!
.
.
.
.
.
Rapá, que troço doido. mas, como diz o ditado: ladráo que rouba ladrão...
sorte e saúde pra todos - menos pro ladrão que roubou o companheiro...

Frederico disse...

Ladrão que roubou o companheiro? . . . Ahhh! saquei! um lance assim, meio petistas!

Anônimo disse...

Ola Frederico,
Muito obrigada pela visita e uma explicação tão esclarecedora sobre o assunto que eu estava escrevendo- os assassinatos!!! Muito engraçado esse lance do ladrão roubando o ladrão. Será que tem cem anos de perdão? Você é advogado criminalista? Eu me interesso muito pelo assunto mas nao entendo nada, só me me surpreendo.
Um abraço,
Camille