Garotinho está, certamente, mais perplexo com Evo Morales que o próprio Lula. Tinha pior hora para inventar de ocupar as refinarias da Petrobras? Não avisaram ao Evo. Isso me lembra aquele clássico “causo” futebolístico. Vicente Feola, técnico da Seleção de 1958, explica para os jogadores uma nova jogada ensaiada. Ao término da preleção, Garrincha pergunta: “Mas já combinaram com o adversário?”...
Li a carta da filha do ex-governador a um famoso blog sobre política do Globo Online (www.oglobo.globo.com/online/blogs/moreno). A filha da governadora fala em debate sério de idéias. Mas se trancar numa salinha, estrategicamente em frente à porta de vidro (tempos de Big Brother) é o tal debate sério de idéias? A primeira-filha do Estado escreve também sobre o contraditório (o processo dialético solicitado pelo pai) ser ridicularizado. Mas que “contraditório silencioso” é esse? O que tanto se ridiculariza não são as idéias - mesmo as disparatadas - mas sim as atitudes, cômicas, se vindas de um qualquer, porém trágicas se vindas de um político famoso e em atividade.
Volto ao Evo. Um jornalista da Folha, Clóvis Rossi, disse que a medida tomada por Evo Morales – e bem anunciada durante sua campanha – foi a primeira medida de um governo de esquerda desde que o Muro de Berlim caiu. Os outros, eleitos com discursos de esquerda, fizeram – e fazem – governos liberais.
É uma abordagem interessante da questão (principalmente pelo ineditismo da ação). Cabe ao Brasil correr atrás do seu prejuízo e observar o que acontecerá com a Bolívia. Aposto que boa coisa é que não será...
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