terça-feira, abril 22, 2008

Violência

Infelizmente este título pode se referir a diversos temas do nosso cotidiano, próximo ou remoto. A sociedade brasileira encontra-se em febril delírio acompanhando aquela mais nova tragédia em São Paulo. O enredo é tão surpreendente que é difícil ter certeza de algo, emitir um juízo de valor. A gente acha 'isso' ou 'aquilo' mas... temos certeza? Eu já tive. Agora apenas faço votos para as perícias serem justas, corretas. A questão é, além de tristíssima, muito grave.

No entanto venho aqui não para falar disso. Por ora não há muito a ser dito além do (muito) ouvido. Venho comentar, na verdade, o que acabei de ler sobre um discurso da sra. Clinton, pré-candidata a "ser humano mais poderoso do mundo".

Em discurso hoje, a poucas horas de mais uma dessas infindáveis prévias eleitorais, disse que se for eleita Presidente e o Irã resolver atacar Israel, iria ANIQUILAR aquele antiqüíssimo país muçulmano. Naturalmente o verbo foi usado de forma proposital, significando inequivocadamente, varrer do mapa, disparar um forte ataque nuclear contra não só um país mas, claro, milhões de pessoas.

A sra. Clinton, perdendo espaço na corrida eleitoral, usa do mesmo expediente de George W. Bush, a política do medo, conforme o New York Times. Política do medo e, diria mais, da irresponsabilidade.

Aprecio bastante os Estados Unidos tanto que temos ido àquele país praticamente todos os anos. Vejo muitas coisas positivas pelos diversos lugares por onde passo MAS esse lado "cowboy-descontrolado", essa política do porrete é... nojenta. Um exemplo péssimo para esse mundo tão violento em que estamos mergulhados até o nariz.

2 comentários:

Anônimo disse...

que tristeza, hein!

l♥ve disse...

Não vi o discurso, mas certamente ela está usando de artíficios para conquistar eleitores que são simpáticos à guerra. Usam a guerra para pregar a paz, quer dizer, usam o caminho mais curto, burro, para calar o inimigo. E até que ponto nós somos responsáveis por tudo isso? Afinal, nós é que colocamos os governantes em seus pedestais.
Fred, gostaria que lesse o texto do último dia 29, no luz! De certa forma tem relação com esse texto que postou. Beijus