sábado, setembro 30, 2006
Gol contra, é claro
quarta-feira, setembro 27, 2006
Notas musicais

Sem muita paciência
- Para mim, carro é como mulher, lido com os dois da mesma forma.
Antes dele continuar, imagino que dirá que, como com uma mulher, o carro deve ser bem tratado, bem cuidado para, no caso do veículo, te levar em segurança para onde você quiser, etc, etc. Mas que nada...
- É como mulher. Não consigo ficar com ele mais de um ano, um ano e meio... Depois já troco logo.
- Ahhh tá... :-)
domingo, setembro 24, 2006
Imbróglios cariocas
quinta-feira, setembro 21, 2006
Voyeurismo tupiniquim

Ao assistir você ficou escandalizado(a)? ou melhor: você viu? Bem, eu vi. Vi, revi e... pô, não é tuuudo isso que estão falando. A praia era - aparentemente - pouco freqüentada e (o vídeo deixa claro) os dois tiveram o cuidado de se afastar do grupo com o qual estavam para começar sua... ah... dança do amor. Depois, resolveram entrar no mar e lá, com a maior discrição possível naquele cenário, prolongaram seu... enlace.
“Much ado about nothing” (ou quase nothing...), já disse Shakespeare.
terça-feira, setembro 19, 2006
"Uns dias chove, noutros dias bate sol" *
Não obstante (taí uma expressão clássica que gosto; “não obstante”...) essa introdução em repudio ao “vamos combinar”, ela nasceu justamente da vontade que tive em iniciar esse post com um “vamos combinar”. O motivo era comentar a Wikipédia. Iria começar - e enfim começo - com a seguinte constatação (viram? não estou querendo combinar nada! já estou constatando!): Vamos combinar que a Wikipédia tem utilidade mas também tem lacunas tenebrosas. Se não, veja só...
Iria escrever aqui sobre o clima no Rio de Janeiro, estranhíssimo nesses dias. Acordamos com tempo fechado, sem teto. Lá pelo meio do dia o céu está num profundo azul, um típico céu de outuno, temperatura amena. No entanto, se você caminhar um pouco que seja pela rua, começa a sentir calor (mesmo porque de manhã cedo colocou uma roupa mais adaptada àquele cenário chuvoso, invernoso). E aí você passa pelo Aterro e está cheio de ipês-rosas, com aquele tapete cor-de-rosa em volta, uma beleza. Tanta variedade de climas e cenários me fez imaginar que a cada dia estávamos passando pelas quatro estações e voltando a elas no dia seguinte. A idéia de “quatro estações” me lembrou a composição do músico italiano Vivaldi e achei que seria um bom tema para introduzir aqui no blog, o clima no Rio e, agora sim em maíusculas, “As Quatro Estações”. Procurando buscar maiores informações sobre a obra, entrei no Google. Está lá, em inúmeros sites, a famosa e popular obra de Vivaldi. Confiando na Wikipédia, escolhi a opção que aponta para a conhecida “enciclopédia livre”.
Pois, saiba: se você quiser encontrar alguma coisa sobre “As Quatro Estações” pela Wikipédia em português só vai ter informações sobre o quarto e homônimo disco do Legião Urbana! você ficará sabendo de vários detalhes sobre as composições de Renato (Russo) mas nada sobre o músico (italiano) do século XVIII. Se for um pouco persistente, terá que descobrir o nome original da obra (“le quattro stagioni”) para encontrar, finalmente, pouquíssimas linhas sobre o concerto barroco de Vivaldi.
A lição é aquela já antiga: tenha parcimônia com fontes na Internet; use a Wikipédia com seus instintos controlados; leve seu guarda-chuva consigo ao sair à rua e um casaquinho contra o frio, além de uma blusa apresentável por baixo. Nunca se sabe quando o tempo vai mudar...
* de "Meu caro amigo" (Chico Buarque)
segunda-feira, setembro 18, 2006
Dentro da novidade, uma coincidência
quinta-feira, setembro 14, 2006
Procuro um vestidinho preto indefectível

segunda-feira, setembro 11, 2006
O Folhetim de Terezinha

Terezinha se afastou.
O segundo, bem romântico, comparou o brilho do luar com a luz de seus olhos. Jurou que, mesmo sem ter seu corpo por perto, a Lua e as estrelas, tão distantes, o fariam sentir-se mais perto dela. Afirmou com convicção que sabia que todo o cosmo havia sido confeccionado especialmente para aninhar sua existência e que seu amor por ela era o quinto elemento que faltava na natureza.
Terezinha declinou.
O terceiro disse que não se interessava em falar sobre o luar ou corpos celestes, amores ou teoremas. Mas confirmou que as estrelas e a Lua eram facilmente visíveis de sua cobertura na praia e que, se ainda assim fosse difícil vê-las, poderiam embarcar em seu jato e ir para uma de suas fazendas ou mesmo para a Polinésia Francesa, de onde ele jurava ser muito fácil ver o céu.
E porque a vida é dura e complexa, para esse Terezinha deu a mão.
-o-
(Terezinha até diria "sim" para outros, mas não era daquelas que se dariam apenas "por uma coisa à toa, uma noitada boa, um cinema ou um botequim"; muito menos aceitaria "só uma prenda, ou qualquer coisa assim, como uma pedra falsa, um sonho de valsa, ou um corte de cetim"... Fred e suas citações buarquianas.)
terça-feira, setembro 05, 2006
Quando amanhã vai chegar?

Já estava tudo pronto para o casamento (ou quase tudo): a viagem estava comprada, o apartamento reformado, a cerimônia e festa (em Belo Horizonte, naturalmente) faltando apenas detalhes. A vida seguia firme, estável e, a despeito da ansiedade crescente pelas núpcias, estávamos tranqüilos. Firme e estável, também, seguia o pequeno avião, em seu percurso de aproximadamente 50 minutos até o Rio de Janeiro.
Na hora certa, algo depois das nove, o avião tocou o solo carioca. Taxiou, parando a poucos metros do histórico prédio do aeroporto. Muitos podiam achar desconfortável aquele trajeto a pé entre a aeronave e o terminal mas eu adorava, quanto mais em um dia como aquele, com o céu profundamente azul, o suave sol de setembro aquecendo com delicadeza a cidade. Observei o Pão de açúcar enquanto caminhava, a cidade merecendo o antigo título de maravilhosa.
Após pegar na esteira minha bolsa de viagem, fui para a fila do táxi. Tinha que ir trabalhar, mas como morava próximo ao centro, no Flamengo, decidi passar em casa antes. Mantive algum assunto banal com o motorista, talvez sobre o tempo no final de semana, talvez sobre futebol. Sobre nada mais falamos pois era, afinal, uma terça-feira qualquer.
Ao chegar em casa, cumprimentei usualmente o porteiro. Morava sozinho e, por isso, ninguém me esperava, a não ser o telefone que – por acaso? – tocava naquele momento. Atendi. Do outro lado, o velho amigo, Cayo, esbaforido: “Fred, você sabe o que está acontecendo??”; “Não, não sei. O quê?”; “Você NÃO SABE o que está acontecendo ??!?!?!!!!!!”; “NÃOOO!!! Eu-não-sei!!! O que está acontecendo?!; “MAS VOCÊ NÃO SABEEE !?!?!”. (De verdade, pensei: “meu deus, alguma tragédia colossal, mas em um dia assim?!”). “Cayo, eu NÃO TENHO IDÉIA sobre o que esteja acontecendo! Me diz logo!!!!”; “Liga a televisão”.
Há poucos minutos o segundo avião havia atingido a torre sul. Todos os canais repetiam a cena. Era muito estranho: algum piloto havia errado e batido em cheio no World Trade Center. Mas outro iria errar logo assim em seguida?? Imediatamente o mundo se deu conta de que não havia acidente algum e sim a implementação do terror como divisor de águas. Aquela linda manhã no Rio de Janeiro e em Nova Iorque marcava o primeiro dia de uma época de medo, ódios e preconceitos, mesclados à desconfiança e incerteza.
Quando tudo aconteceu, eu estava dentro de um avião, placidamente voltando para casa. Foi um dia tão marcante que nos faz lembrar de tudo o que fizemos, o que pensamos e sentimos. A clareza daqueles momentos em nossa mente dá a impressão de que não se passaram cinco anos. E, de fato, para mim, aquele 11 de setembro de 2001 continua até hoje e não há a menor previsão de que consigamos cruzar a meia-noite.
(tirei a foto que aparece no início do texto em setembro de 1995. Quem poderia imaginar aquilo ali, exatos seis anos depois?...)
domingo, setembro 03, 2006
Shy moon, hiding in the haze / I can see your white face

Vou escrever, já há um rascunho pronto (mas estou um tanto sem inspiração para desenvolvê-lo e – oba, uma coisa positiva! – ando envolvido com a troca do meu carro. Pois é, nós, meninos, costumamos dar muita atenção a essas coisas. Já ouviu aquela história sobre o que muda é o preço dos brinquedos, não ouviu? pois é). O tema “trabalho” não tem nenhuma relevância direta por esses dias (não é dia 1° de maio, por exemplo), mas existe uma questão que costuma me intrigar e quero contar. Em breve.
-o-o-
Já que dei uma dica gastronômica dia desses (sobre a pizzaria no hotel intercontinental), dou outras, por onde passei essa semana. Comida oriental (chinesa e japonesa) em serviço tipo buffet, com preço e sabor bem camaradas: térreo do Rio-Sul, restaurante Taiping (dica: peça os espetinhos de camarão e frango, além de giozas, que não estão expostos mas fazem parte do Buffet, assim como as sobremesas). Outra: menos popular porém de alta qualidade, a Casa da Suíça, ali na Glória. Fondues de tipos variados e inspiradora carta de vinhos.
-o-o-
Algum assistiu ao jogo do Brasil e Argentina? Tivessem jogado assim na Copa e eu não precisaria ter escrito aquele texto após o jogo contra a França .
(a foto lá em cima não tem a ver com esses assuntos. No entanto, gostei da noite com a Lua envergonhada – Shy Moon – escondendo-se atrás da Pedra da Gávea. Achei-a bonita e resolvi compartilhá-la. É claro que fica mais atraente em um tamanho maior, mas esse já dá uma idéia, ao menos)